Os anteriores congressos da série de Congressos Internacionais de História da Construção Luso-Brasileira (CIHCLB) tiverem lugar em Vitória, Espírito Santo (Brasil) em 2013, Porto (Portugal) em 2016, e Salvador, Bahia (Brasil) em 2019. Depois dos condicionamentos associados à pandemia dos últimos anos, é altura de retomar a normalidade da cooperação internacional, técnica e científica, pelo que o próximo congresso será realizado em Guimarães em 2023.
O presente congresso pretende constituir um fórum de debate dos estudos mais recentes sobre a história dos processos construtivos, entre Portugal e o Brasil, nas suas múltiplas influências que passam igualmente pela Europa, a Ásia e a África. Neste âmbito, compreender o modo como se construiu num determinado lugar e num dado período histórico – com que materiais, técnicas, máquinas e tipos de organização do trabalho – implica os contributos de várias disciplinas. Neste contexto, referem-se, nomeadamente, a Arquitetura, a Arqueologia e a Engenharia, mas também a História Económica e Social, a História da Ciência e das Técnicas de Construções, a Geografia Física, a Conservação e Restauro, a Ciência dos Materiais e várias outras.
O tema especial do congresso, “AMBIENTES EM MUDANÇA” por um lado, visa discutir do ponto de vista histórico, e nas diversas épocas, as grandes mudanças que resultaram, por exemplo, do desenvolvimento de novas materiais e sistemas construtivos, de novos sistemas produtivos ou organizacionais, de alterações de quadros legais, ou os impactos das transposições para novos territórios, ou de grandes catástrofes. Por outro lado, reflete também os enormes desafios atuais e também passados, que incluem nomeadamente o impacto da pandemia na investigação e ensino, as alterações climáticas, a resiliência do ambiente construído e sistemas altamente complexos, ou a necessidade de assegurar um património vivo, em que o património construído, nas suas vertentes material e imaterial, e a partilha de culturas construtivas têm um contributo essencial para apoiar a recuperação e uma sociedade inclusiva.
O congresso tem como destinatários principais arquitetos, engenheiros, arqueólogos, conservadores-restauradores, historiadores, sociólogos, economistas e demais interessados na temática da história da construção, seja como profissionais, investigadores ou estudantes. O objetivo é fazer do congresso o local de excelência para a divulgação dos mais recentes desenvolvimentos científicos e técnicos e para a troca de novas ideias em temas emergentes.